Os cofres do Santos foram abastecidos principalmente pela venda de Marcos Leonardo
Você já parou para pensar como um clube em reconstrução consegue equilibrar suas finanças? Em 2024, os cofres do Santos registraram um lucro líquido de R$ 127 milhões com transferências de jogadores, mesmo em um ano sem Copa do Brasil e competições internacionais. O valor bruto das vendas chegou a impressionantes R$ 207 milhões, mas custos de R$ 80 milhões reduziram o montante final que efetivamente entrou nos cofres do Santos.
A maior parte desse faturamento veio de uma única fonte: o atacante Marcos Leonardo. O centroavante, negociado com o Benfica de Portugal no início do ano passado, rendeu R$ 81 milhões aos cofres do Santos. Como se não bastasse, quando o clube português posteriormente vendeu o jogador ao Al-Hilal da Arábia Saudita, o Peixe embolsou mais R$ 11 milhões como parte do mecanismo de solidariedade, totalizando R$ 92 milhões apenas com o atacante.
Negociações de outros atletas
O zagueiro Joaquim foi outro atleta que trouxe recursos significativos para os cofres do Santos. Vendido ao Tigres do México por R$ 36 milhões, a transferência aparece no balanço como um repasse para a empresa Sinergia Desportiva, responsável pela administração do clube mexicano. Lucas Barbosa, negociado com o Red Bull Bragantino por R$ 11,5 milhões, e Weslley Patati, vendido ao Maccabi Tel Aviv de Israel por R$ 6,6 milhões, completam a lista de negociações expressivas.
Um caso curioso é o de Patati, que era frequentemente criticado pela torcida santista durante sua passagem pela Vila Belmiro. Após ser transferido para Israel, o jogador conseguiu se firmar como titular no Maccabi Tel Aviv, equipe que disputa a Liga Europa, mostrando que nem sempre o desempenho de um atleta em um clube reflete seu potencial em outro ambiente.
Dívidas e comissões diminuíram o valor que entrou nos cofres do Santos
Nem tudo são flores quando falamos dos cofres do Santos. A negociação de Jean Lucas com o Bahia ilustra bem os problemas financeiros do clube. Embora a transferência tenha sido avaliada em R$ 29 milhões (incluindo R$ 6,1 milhões em metas), o Peixe não recebeu nada dessa operação. Todo o valor foi utilizado para abater dívidas com o Mônaco da França e com o próprio jogador, resultando em um saldo zero para os cofres do Santos.
O zagueiro Joaquim também trouxe um custo adicional. O balanço patrimonial revela que R$ 14 milhões foram destinados ao pagamento de uma dívida com o Cuiabá, clube que negociou anteriormente com o Santos. Além disso, R$ 8 milhões foram gastos com multas relacionadas a diversas operações.
Empresários receberam R$ 14 milhões
Um dado que chama atenção no balanço financeiro é o valor pago em comissionamento a empresários: impressionantes R$ 14 milhões saíram dos cofres do Santos para remunerar intermediários nas negociações. O documento não especifica quais agentes receberam esses valores, o que levanta questões sobre transparência nas operações do clube.
Além disso, os cofres do Santos também foram impactados por pagamentos a ex-jogadores. Stive Mendoza recebeu R$ 5,8 milhões, enquanto Gabriel Carabajal embolsou R$ 4,9 milhões. Esses valores, somados a despesas gerais de R$ 1,1 milhão, completam o quadro de custos que reduziram o lucro líquido com transferências.
Perspectivas para 2025: Santos podem bater recorde
Para 2025, a expectativa é que os cofres do Santos sejam ainda mais beneficiados com transferências de jogadores. A venda do zagueiro Jair Cunha ao Botafogo, negociação que trouxe Tiquinho Soares para a Vila Belmiro, pode alcançar R$ 89 milhões quando todas as parcelas e metas forem cumpridas. Se confirmado esse valor, o clube superará o montante arrecadado em 2024 apenas com esta operação.
A diretoria santista considera as negociações de atletas como fundamentais para a reorganização do clube durante as disputas do Campeonato Paulista e da Série B do Campeonato Brasileiro. Com o retorno à elite do futebol nacional em 2025, os cofres do Santos terão novas fontes de receita, como participação em competições mais rentáveis e maior exposição de mídia.
Você acha que o Santos está no caminho certo ao apostar em vendas de jogadores para equilibrar suas finanças? Os valores arrecadados justificam a saída de talentos como Marcos Leonardo? Compartilhe sua opinião nos comentários e continue acompanhando as novidades sobre os cofres do Santos e o futuro financeiro do clube!