O Corinthians patina há seis jogos sem Rodrigo Garro, e a derrota por 2 a 0 para o Fluminense escancarou a crise: o time não funciona com três atacantes, e Ramón Díaz ainda não encontrou um plano B. Enquanto isso, a diretoria discute o futuro do técnico argentino.
O diagnóstico cruel: um time sem criatividade
- Desde a lesão de Garro (último jogo: final do Paulistão), o Corinthians só venceu 1 vez em 6 partidas.
- Com Igor Coronado também no DM, Ramón Díaz insistiu no 4-3-3 com Breno Bidon e Carrillo na criação – e o resultado foi previsível:
- Yuri Alberto isolado, sem conexão com Memphis.
- Carrillo abaixo do esperado, e laterais (Matheuzinho/Angileri) sem perigo ofensivo.
- Time dependente de cruzamentos, sem ideias para furar retrancas.
“Sem Garro, o Corinthians vira um corpo sem cérebro. Não há quem ligue o meio-campo ao ataque”, aponta a análise técnica.
Por que o 4-3-3 não funciona?
- Memphis e Yuri Alberto ficam distantes, perdendo a parceria que rendeu no Paulistão.
- Breno Bidon não substitui Garro: falta precisão nos passes decisivos.
- Fluminense explorou os espaços: após o 1º gol, o Timão desmontou e sofreu o segundo em pênalti bobo de Martínez.
Ramón Díaz errou nas mudanças?
Na etapa final, a comissão tentou:
1️⃣ Abrir Talles Magno e Romero pelos lados (sem efeito).
2️⃣ Colocar Héctor Hernández junto com Yuri e Memphis (tripla de atacantes congestionou o meio).
Resultado: Nenhuma finalização perigosa no 2º tempo.
Memphis concorda: “Time está espaçado”
O holandês reforçou a análise técnica após o jogo:
“Quando as linhas têm 50 metros de distância, não é futebol. Não evoluímos.”
Próximos passos:
- Diretoria se reúne nesta quinta para discutir a situação de Ramón Díaz.
- Garro segue fora: sem previsão de retorno, o Corinthians precisa urgentemente de soluções criativas.
- Sport, no sábado (4/5), é o próximo teste – e outra derrota pode acender o alerta vermelho.