O Paysandu Sport Club, carinhosamente chamado de “Bicho Papão”, já havia conquistado o coração dos paraenses com suas glórias estaduais e nacionais. Mas foi em 2003 que o clube escreveu seu nome na história do futebol continental ao fazer uma campanha memorável na Copa Libertadores da América. Neste artigo, vamos relembrar os detalhes dessa jornada incrível, que colocou o Paysandu no mapa do futebol sul-americano.
A Conquista da Vaga: O Título da Copa dos Campeões
Para entender a importância da participação do Paysandu na Libertadores de 2003, é preciso voltar um pouco no tempo. Em 2002, o clube conquistou a Copa dos Campeões, um torneio nacional que garantia uma vaga na Libertadores do ano seguinte. Foi assim que o Paysandu, representando o Norte do Brasil, garantiu sua primeira participação na maior competição de clubes da América do Sul.
A Fase de Grupos: Uma Campanha Invicta
Na Libertadores de 2003, o Paysandu caiu no Grupo 2, ao lado de Universidad Católica (Chile), Sporting Cristal (Peru) e Cerro Porteño (Paraguai). Para muitos, o clube paraense era considerado o “café com leite” do grupo, mas o Bicho Papão provou que estava longe de ser uma presa fácil.
Com uma campanha sólida e consistente, o Paysandu terminou a fase de grupos de forma invicta:
- 4 vitórias: Contra Universidad Católica (2×1), Sporting Cristal (2×0 e 3×1) e Cerro Porteño (1×0).
- 2 empates: Contra Cerro Porteño (0x0) e Universidad Católica (1×1).
Essa performance impressionante garantiu ao Paysandu a liderança do grupo e uma vaga nas oitavas de final. O clube paraense mostrou que não estava na Libertadores apenas para fazer número.
Oitavas de Final: O Duelo Épico Contra o Boca Juniors
Nas oitavas de final, o Paysandu enfrentou um dos maiores gigantes do futebol sul-americano: o Boca Juniors, da Argentina. Na época, o Boca era um verdadeiro colosso, com quatro títulos da Libertadores e dois Mundiais de Clubes no currículo. Além disso, o time argentino era conhecido por sua fortaleza em La Bombonera, estádio onde raros times conseguiam vencer.
O Primeiro Jogo: A Vitória Histórica em La Bombonera
No primeiro jogo, disputado em 7 de maio de 2003, o Paysandu fez história. Diante de mais de 40 mil torcedores em La Bombonera, o clube paraense mostrou coragem e determinação. Aos 22 minutos do segundo tempo, o meia Harley cortou dois defensores argentinos e chutou forte para abrir o placar: 1 a 0 para o Paysandu.
Apesar de ter dois jogadores expulsos ainda no segundo tempo, o Paysandu segurou o resultado e conquistou uma vitória épica. O feito foi tão grandioso que o Paysandu se tornou apenas o terceiro time brasileiro a vencer o Boca Juniors em La Bombonera, ao lado de Santos (1963) e Cruzeiro (1994).
O Jogo da Volta: A Eliminação com Honra
No jogo da volta, disputado no Mangueirão, em Belém, o Paysandu não conseguiu repetir o feito do primeiro jogo. O Boca Juniors venceu por 2 a 0 e garantiu sua classificação para as quartas de final. Apesar da eliminação, a campanha do Paysandu na Libertadores foi celebrada como uma grande conquista.
O Legado da Campanha
A participação do Paysandu na Libertadores de 2003 foi um marco na história do clube e do futebol paraense. Pela primeira vez, um time do Norte do Brasil chegou às oitavas de final da competição, enfrentando de igual para igual um dos maiores times do continente.
Além disso, a vitória em La Bombonera entrou para a história como um dos maiores feitos do futebol brasileiro em competições internacionais. Até hoje, torcedores e jornalistas relembram com orgulho a coragem e a determinação daquele time.
Pra sempre na História
A campanha do Paysandu na Libertadores de 2003 é um exemplo de como o futebol pode surpreender e emocionar. Com um elenco talentoso e uma torcida apaixonada, o Bicho Papão mostrou que, independentemente do tamanho do clube, o sonho de conquistar o continente é sempre possível.
E você, lembra dessa campanha histórica? Deixe seu comentário contando o que mais marcou você nessa jornada do Paysandu! Não se esqueça de curtir e compartilhar este artigo para que mais pessoas conheçam essa incrível história. Até a próxima!