A busca do Santos por um novo técnico após a demissão de Pedro Caixinha esbarrou nos primeiros obstáculos. Procurados nas últimas horas, os experientes Dorival Júnior e Tite declinaram do convite para assumir o comando do clube, deixando a diretoria em alerta para acelerar as negociações com outros nomes do mercado. As tratativas, lideradas pelo CEO Pedro Martins, seguem sem avanços concretos, enquanto o time se prepara para enfrentar o Atlético-MG nesta quarta-feira (16), sob comando interino de César Sampaio.
Dorival prefere pausa prolongada após passagem pela Seleção
Aposta inicial do Santos, Dorival Júnior está em período de recesso desde sua saída da Seleção Brasileira em março de 2025. Apesar de ter recebido sondagens de outros clubes nacionais, o treinador, de 62 anos, não demonstrou urgência em retomar à beira do gramado. Fontes próximas ao técnico sugerem que ele pretende aguardar propostas alinhadas a projetos de longo prazo, algo que o atual momento santista – marcado por instabilidade e pressão por resultados imediatos – não parece oferecer.
Tite mantém hiato e rejeita “pressão santista”
Outro nome de peso na lista do Peixe, Tite também afastou a possibilidade de assumir o cargo. O gaúcho, que deixou o Flamengo em setembro de 2024 após conquistar a Libertadores, está há sete meses sem comandar e prioriza propostas que permitam um trabalho estruturante. A relação próxima com Neymar, ídolo santista, não foi suficiente para convencê-lo a abraçar o desafio. A resistência do técnico reflete a percepção de que o Santos, em meio a uma crise institucional e com elenco enxuto, pode repetir os erros que levaram ao rebaixamento em 2023.
Sombra de Sampaoli paira, mas argentino não é opção
Enquanto a diretoria busca alternativas, um nome do passado recente do clube volta a ser lembrado pela torcida: Jorge Sampaoli. O argentino, que levou o Santos ao vice-campeonato brasileiro em 2019 com 35 vitórias em 63 jogos, está sem clube desde 2024 e mora no Rio de Janeiro. Apesar do histórico positivo na Vila Belmiro, Sampaoli não empolga a atual gestão. Presidente Marcelo Teixeira tentou contratá-lo em 2024, mas desistiu após o treinador exigir reforços caros, incompatíveis com o orçamento enxuto do clube.
Corrida contra o tempo e pressão por resultados
Com o Brasileirão apenas na quarta rodada e o risco de ficar ainda mais para trás na tabela, o Santos precisa encontrar um técnico que aceite o desafio de comandar um projeto marcado por limitações financeiras e cobrança extrema. Nomes como Renato Gaúcho e Vítor Pereira circulam nos bastidores, mas nenhuma abordagem formal foi feita até o momento.
A interinidade de César Sampaio, ex-jogador do clube, traz alívio imediato, mas a diretoria sabe que a solução definitiva precisa chegar rápido. Os próximos compromissos – contra Atlético-MG e Athletico-PR – serão decisivos para evitar que o fantasma do rebaixamento, ainda vivo na memória da Fiel, assombre novamente o clube.
E você, torcedor santista: qual técnico seria ideal para comandar o Peixe neste momento? O clube deve arriscar em um nome jovem ou insistir em experiências consagradas? Compartilhe sua opinião e acompanhe as atualizações sobre a novela do comando técnico na Vila Belmiro.