Renovação de Neymar está próxima

Você já imaginou ver Neymar jogando pelo Santos até a próxima Copa do Mundo? Essa possibilidade está cada vez mais perto de se tornar realidade. O CEO do clube paulista, Pedro Martins, revelou em entrevista recente seu otimismo quanto à renovação de Neymar com o Peixe. O contrato atual do camisa 10 tem validade apenas até 30 de junho deste ano, mas os planos da diretoria santista são ambiciosos e miram um vínculo até o Mundial de 2026. “Eu estou otimista. Se o critério é felicidade, estar bem de novo com o futebol, a gente está conseguindo cumprir bem essa primeira etapa”, afirmou o executivo durante o evento de sorteio da terceira fase da Copa do Brasil. Esta declaração demonstra que as negociações para a renovação de Neymar já começaram nos bastidores, com o clube apostando no fator emocional para convencer o craque a permanecer na Vila Belmiro. O retorno gradual aos gramados precede a renovação de Neymar Antes mesmo de assinar a renovação de Neymar, o Santos enfrenta o desafio de recuperar fisicamente seu principal jogador. O camisa 10 não entra em campo desde 2 de março, quando sofreu uma lesão na coxa esquerda durante as quartas de final do Campeonato Paulista contra o Red Bull Bragantino. São mais de 30 dias de ausência, período que tem sido tratado com extrema cautela pela comissão técnica e departamento médico. “A gente acredita que esse processo de recuperação do Neymar está sendo muito bem feito, a gente tem tratado com muita cautela, principalmente pelo período de inatividade que ele teve antes de chegar ao Santos”, explicou Pedro Martins. O atleta voltou a treinar com o elenco nesta semana, mas ainda realiza trabalhos específicos de fortalecimento muscular na academia, evidenciando que sua renovação de Neymar depende também de sua condição física. Felicidade acima do dinheiro: o trunfo do Santos para a renovação de Neymar Um dos pontos mais interessantes revelados pelo CEO do Santos é que a renovação de Neymar não passa prioritariamente por questões financeiras. De acordo com Pedro Martins, quando o jogador decidiu retornar ao Brasil e ao Santos, o fator monetário não foi decisivo. “O objetivo do Neymar, neste retorno ao Santos, não foi financeiro. Foi desportivo, foi voltar a ser feliz, foi voltar a estar em casa”, revelou o dirigente. Esta informação traz esperança para os torcedores santistas, já que o clube não poderia competir financeiramente com ofertas de grandes equipes europeias ou do futebol árabe. Se a felicidade e o ambiente familiar são prioritários para o craque, a renovação de Neymar se torna muito mais viável, especialmente considerando o carinho que o jogador sempre demonstrou pelo clube que o revelou. Expectativa para o retorno imediato antes da renovação de Neymar Enquanto as conversas pela renovação de Neymar acontecem nos bastidores, a torcida santista aguarda ansiosamente pelo retorno do ídolo aos gramados. A comissão técnica ainda mantém esperanças de contar com o camisa 10 já no próximo domingo, quando o Santos enfrentará o Fluminense, no Maracanã, pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro. “Nesta semana, ele começa a trabalhar com o grupo, e a gente está bem otimista para que esse retorno dele, apesar de ainda gradual, vá atingir o seu melhor momento e que ele esteja apto e pronto para nos ajudar também nesse jogo da Copa do Brasil”, comentou Pedro Martins, revelando que a renovação de Neymar também está ligada ao desempenho do atleta nas competições importantes para o clube. Copa do Brasil: um palco importante antes da renovação de Neymar O Santos enfrentará o CRB na terceira fase da Copa do Brasil, com o primeiro jogo sendo realizado na Vila Belmiro e o segundo fora de casa. Esta competição é tratada como prioridade pelo clube, que vê na presença de Neymar uma vantagem competitiva significativa. “Essa competição a gente vem tratando como uma das grandes prioridades da temporada”, afirmou o CEO. O sucesso na Copa do Brasil pode ser um fator determinante para a renovação de Neymar, já que títulos importantes fortaleceriam o argumento do clube pela permanência do jogador. O calendário do Santos este ano inclui, além da Copa do Brasil, o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro, onde o clube também almeja fazer uma boa campanha após o acesso conquistado em 2024. A renovação de Neymar representaria não apenas a continuidade de um ídolo no clube, mas também a possibilidade de o Santos contar com um dos maiores talentos do futebol mundial em seu processo de reconstrução. Se confirmada até a Copa do Mundo de 2026, essa renovação poderia marcar um novo capítulo na história tanto do jogador quanto do clube que o projetou para o mundo. E você, acredita que Neymar vai renovar com o Santos até a Copa do Mundo? O que essa permanência representaria para o futuro do clube? Compartilhe sua opinião nos comentários e acompanhe as próximas novidades sobre a renovação de Neymar com o Peixe!
Crise Financeira no Santos

Você já se perguntou como um clube tradicional pode acumular tantas dívidas em transferências? O Santos Futebol Clube enfrenta uma crise financeira no Santos cada vez mais preocupante, com suas dívidas em negociações de atletas saltando para impressionantes R$ 155 milhões. O balanço apresentado ao Conselho Deliberativo na semana passada revelou um aumento de R$ 12,7 milhões nas dívidas entre 2023 e 2024. Além disso, o documento expôs a fragilidade financeira do clube da Vila Belmiro, ampliando preocupações sobre sua sustentabilidade. A situação da crise financeira no Santos é ainda mais alarmante quando observamos que R$ 133 milhões dessa dívida são considerados circulantes, ou seja, compromissos que precisam ser quitados no curto prazo. Apenas R$ 22,4 milhões representam dívidas não circulantes, aquelas que podem ser alongadas por mais de 12 meses. Grande parte deste montante é herança da gestão do ex-presidente Andres Rueda, quando as dívidas circulantes já ultrapassavam a casa dos R$ 100 milhões em dezembro do ano passado. Contratações questionáveis alimentam a crise financeira no Santos Uma das operações que contribuíram para a crise financeira no Santos durante a gestão atual envolve o meia Patrick. Adquirido junto ao Atlético-MG por R$ 5,9 milhões, o jogador representa uma dívida total de R$ 6,1 milhões com o clube mineiro quando somados outros R$ 200 mil já devidos anteriormente. O curioso é que, mesmo tendo sido comprado em definitivo recentemente, Patrick mal atuou sob o comando do técnico Fábio Carille e acabou sendo emprestado ao Athletico-PR. Esta negociação, fechada pelo ex-diretor de futebol Alexandre Gallo, foi bastante contestada pela torcida santista desde o início. O Santos se comprometeu a pagar os R$ 5,9 milhões de forma parcelada e a efetivar a compra em dezembro, mesmo com o rendimento questionável do atleta. Casos como este ilustram parte dos problemas de gestão que levaram à atual crise financeira no Santos. Devendo até para o rival: Corinthians na lista de credores da crise financeira no Santos Um detalhe que chama atenção na lista de credores é a presença do arquirrival Corinthians, a quem o Santos deve R$ 3,5 milhões. Este valor está relacionado à venda do lateral-esquerdo Lucas Pires ao Burnley, da Inglaterra, operação que totalizou aproximadamente R$ 15,2 milhões. O Corinthians manteve 25% dos direitos econômicos do jogador quando ele assinou com o Peixe e ainda tem direito a um montante pela formação do lateral. A crise financeira no Santos também inclui valores expressivos a serem pagos a empresários e agentes. No fim da gestão Rueda, havia R$ 6,2 milhões pendentes por intermediação na venda de diversos jogadores, valor que subiu para R$ 13,6 milhões até o final do ano passado. O balanço não especifica quais operações compõem este montante nem quais agentes devem receber. Empresários são os maiores credores na crise financeira no Santos O empresário Giuliano Bertolucci aparece como o maior credor individual na crise financeira no Santos, com um total superior a R$ 17 milhões a receber. Ele encabeça uma lista que inclui várias empresas do ramo como Elenko Sports, Think Ball e Roc Nation, evidenciando a forte presença de intermediários nas negociações do clube. Outro destaque na lista de credores é o Cuiabá Esporte Clube, a quem o Santos deve R$ 15,3 milhões. O clube português Arouca também figura entre os principais credores, com R$ 12,8 milhões a receber pela aquisição do zagueiro João Basso. O Mônaco, da França, aparece logo em seguida na lista com o mesmo valor, referente ao restante do pagamento pela compra do meio-campista Jean Lucas. Top 10 das dívidas revela a extensão da crise financeira no Santos A crise financeira do Santos salta aos olhos ao analisar os maiores credores. Além do Vasco da Gama, a quem o Santos deve R$ 6,8 milhões pela compra do lateral Nathan. Há também valores significativos em categorias sem especificação detalhada, como “Intermediações a pagar” (R$ 11,2 milhões) e “Luvas a pagar” (R$ 8,4 milhões). Completando a lista, a Garrido & Figueiredo Soccer Ltda exige R$ 4,3 milhões. Esses números comprovam que más gestões em transferências quebram até clubes tradicionais. Diante disso, Marcelo Teixeira precisa criar soluções urgentes para equilibrar contas e manter o time competitivo. E você, torcedor: acredita que o Santos superará essa crise e resgatará seu lugar entre os grandes? Deixe sua opcinão abaixo e acompanhe as atualizações!
Rombo milionário do Corinthians

O Corinthians enfrenta um rombo milionário que pode ultrapassar R$ 200 milhões Você já abriu uma gaveta antiga e encontrou uma conta esquecida que deveria ter sido paga há muito tempo? Agora imagine essa situação em proporções gigantescas, envolvendo um dos maiores clubes do Brasil. O rombo milionário do Corinthians está causando um verdadeiro terremoto nos bastidores do clube paulista, com acusações de fraude e maquiagem financeira. A atual gestão de Augusto Melo descobriu valores expressivos que deveriam ter sido declarados no balanço de 2023, durante o último ano do mandato de Duilio Monteiro Alves. Este possível rombo milionário do Corinthians envolve principalmente dívidas tributárias que estariam em discussão na Justiça. Segundo fontes próximas ao clube, os valores devem ficar entre R$ 150 milhões e R$ 200 milhões, embora existam versões com números ainda mais alarmantes. O montante exato só será revelado após a conclusão da apuração que está sendo conduzida pela atual diretoria. Como o clube pretende resolver essa bomba-relógio financeira? A diretoria do Corinthians adotará uma medida radical: reabrirá o balanço de 2023 para incluir valores omitidos. Embora raramente aplicada, a prática é tecnicamente viável. O rombo milionário, descoberto após auditorias, obrigou a gestão de Augusto Melo a contratar Eliseu Martins, um dos maiores especialistas em contabilidade do Brasil, para lidar com as consequências de alterar um balanço já aprovado. O cerne do problema está nas provisões para contingências: a gestão anterior deixou de reservar valores para cobrir processos judiciais com alto risco de derrota. Anualmente, os advogados do clube precisam classificar todos os casos em três níveis de risco (remoto, possível ou provável) e incluir obrigatoriamente no balanço aqueles com probabilidade elevada de prejuízo. Histórico preocupante revela que o problema não é novidade O Corinthians já enfrentou escândalos financeiros antes. Em 2017, o então diretor financeiro Emerson Piovezan revelou que a gestão anterior maquiou as contas de 2014 em R$ 328 milhões. Piovezan apontou o ex-diretor financeiro Raul Corrêa como responsável pela manobra. Curiosamente, após se aliar a Augusto Melo, a gestão do atual presidente nomeou Corrêa como diretor cultural do Timão em 2024. O ex-aliado de Andrés Sanchez também indicou Pedro Silveira para liderar o departamento financeiro. Apesar das ligações com o núcleo decisório, Corrêa nega envolvimento nas discussões econômicas ou na elaboração do balanço do clube. A polêmica se intensifica com a demora na apresentação das contas Os bastidores do clube já estavam em ebulição por outros motivos, e a revelação do rombo milionário do Corinthians só intensificou as tensões. Um dos fatores que aumenta a desconfiança é a demora para apresentação das contas do ano passado. O último balancete financeiro divulgado pelo clube foi o de setembro de 2024, apesar do compromisso de enviar todas as contas ao Conselho de Orientação (CORI) até o primeiro dia de novembro. Já se sabe que o documento apresentará resultado financeiro negativo e um aumento alarmante da dívida em mais de R$ 400 milhões. Enquanto aliados da atual diretoria falam em fraude contábil, conselheiros e membros da oposição veem o caso com desconfiança e apontam uma possível manobra com fins políticos. O que dizem os envolvidos nesse escândalo financeiro? O Corinthians mantém postura cautelosa e declarou que só se pronunciará após concluir as apurações sobre o caso. Em nota recente, o clube informou que reconhecerá “dívidas herdadas de gestões passadas que não estavam contabilizadas anteriormente.” Por outro lado, a gestão anterior, liderada por Duilio Monteiro Alves, afirmou através do ex-diretor financeiro Wesley Melo que está disponível para prestar todos os esclarecimentos necessários. No entanto, os antigos gestores alegam que só poderão se manifestar após terem conhecimento dos valores exatos e a que eles se referem. E você, o que acha desse rombo milionário do Corinthians? Será que esse episódio representa apenas mais um capítulo na turbulenta história financeira do clube ou estamos diante de um escândalo sem precedentes? Compartilhe sua opinião nos comentários e acompanhe as próximas atualizações sobre essa história que ainda promete muitos desdobramentos.
Pênalti pro Palmeiras!

O pênalti polêmico marcado para o Palmeiras contra o Sport, no domingo (6), virou motivo de zoação nacional! 😂No programa “GE Pernambuco” desta segunda-feira (7), o apresentador Tiago Medeiros não perdeu a chance de brincar: vestiu a camisa do Verdão e simulou uma sequência hilária — tropeçou, tossiu, esbarrou num amigo… e claro, pênalti pro Palmeiras! 🎥 O vídeo já viralizou e virou assunto nas redes sociais, deixando palmeirenses rindo e rivais ainda mais indignados. Entenda a Polêmica 🕔 Aos 45 minutos do segundo tempo, o zagueiro Domínguez (Sport) dividiu uma bola com Raphael Veiga (Palmeiras) e o meia caiu.O árbitro Bruno Arleu de Araújo não pensou duas vezes e marcou pênalti, sem nem chamar o VAR para revisar. Resultado? Revolta geral no time e na torcida do Sport. 👨⚖️ O comentarista de arbitragem Paulo Caravina analisou: “O jogo estava empatado e com boa arbitragem até então. Mas o lance foi no mínimo duvidoso…” E Aí, Torcedor? ⚽ Foi pênalti ou foi atuação digna de Oscar? 🏆🎭Comenta aí e manda para aquele seu amigo palmeirense que adora uma resenha! 👇 #CraquesDaZoação #FutebolLatino #ZoaçãoNoFutebol #PenaltiProPalmeiras
Crise dos Técnicos Brasileiros

O futebol brasileiro vive um paradoxo intrigante: enquanto exporta talentos para os maiores clubes do mundo, importa cada vez mais técnicos estrangeiros para comandar seus times. Esta tendência, que começou como exceção, transformou-se em regra nos últimos anos e levanta questionamentos sobre a formação e a competitividade dos treinadores nacionais. Botafogo, Palmeiras e Fortaleza, os três primeiros colocados do atual Campeonato Brasileiro, são comandados por estrangeiros – um sintoma revelador desta crise. A queda dos ídolos nacionais A trajetória recente de renomados técnicos brasileiros ilustra bem o momento de turbulência. Fernando Diniz, aclamado pelo título da Libertadores com o Fluminense em 2023, viu seu prestígio desmoronar após uma sequência de resultados negativos que culminaram em sua demissão. Assumiu o Cruzeiro e já enfrenta críticas por desempenhos abaixo do esperado. Sua passagem pela Seleção Brasileira, como interino, ficou marcada por experimentos táticos que não se traduziram em resultados positivos nas Eliminatórias. Tite, por sua vez, deixou o comando da Seleção após a eliminação nas quartas de final da Copa do Mundo de 2022 e teve uma experiência desastrosa no Flamengo. Apesar do currículo vitorioso, inclusive com um título da Libertadores pelo Corinthians, o treinador não conseguiu implementar suas ideias no clube carioca e foi demitido depois de resultados e atuações que frustraram a torcida rubro-negra. Dorival Júnior, atual comandante da Seleção Brasileira, tenta reverter essa tendência. No entanto, mesmo com conquistas recentes por Flamengo e São Paulo, o treinador enfrenta dificuldades para extrair o melhor de um elenco recheado de estrelas. O Brasil, que possui um dos melhores ataques do mundo com Vinícius Júnior, Rodrygo e Raphinha, além de promessas como Endrick e Estevão, não tem apresentado o futebol envolvente que seu talento individual sugere. A ascensão dos estrangeiros e suas filosofias Em contrapartida à crise dos técnicos brasileiros, treinadores estrangeiros vêm conquistando espaço e títulos no futebol nacional. Abel Ferreira chegou ao Palmeiras em 2020 e revolucionou o clube alviverde, conquistando duas Libertadores, dois Campeonatos Brasileiros e outros troféus importantes. O português implementou um sistema tático versátil e estabeleceu uma mentalidade competitiva que transformou o Palmeiras em uma das forças dominantes do continente. Juan Pablo Vojvoda representa outro caso de sucesso. O argentino assumiu o Fortaleza em 2021 e conduziu o clube cearense a patamares inéditos. Sob seu comando, o Leão do Pici disputou a Libertadores pela primeira vez em sua história e consolidou-se como força nacional, ocupando as primeiras posições do Campeonato Brasileiro com um orçamento consideravelmente menor que seus concorrentes. Mais recentemente, Artur Jorge chegou ao Botafogo e rapidamente adaptou-se ao futebol brasileiro. O português manteve o alvinegro na liderança do campeonato e nas semifinais da Libertadores, mostrando capacidade de gestão de grupo e implementação de ideias táticas em um curto espaço de tempo. O que esses treinadores estrangeiros têm em comum? Metodologias de trabalho atualizadas, abordagens táticas versáteis e capacidade de implementar culturas de trabalho profissionais que maximizam o desempenho dos atletas. Eles chegam ao Brasil com experiências diversas e visões de jogo que se diferenciam do tradicionalismo que ainda permeia grande parte do futebol nacional. As raízes da crise e a falta de atualização A estagnação dos técnicos brasileiros não aconteceu da noite para o dia. Enquanto o futebol europeu passava por uma revolução tática nas últimas duas décadas, com Guardiola e Klopp redefinindo paradigmas, muitos treinadores nacionais permaneceram apegados a conceitos que já não respondem às demandas do futebol moderno. A formação de treinadores no Brasil ainda carece de estrutura e atualização. Enquanto Portugal desenvolveu uma escola de técnicos com forte base acadêmica, produzindo nomes como José Mourinho e Rúben Amorim, o Brasil continua formando treinadores predominantemente através da experiência prática, sem a fundamentação teórica necessária para competir no alto nível. “As mudanças no universo do futebol mundial nos últimos anos aceleraram também as transformações do trabalho dos treinadores. Modelos de jogo, como o toque de bola rápido e o jogo apoiado, à la Pep Guardiola, ficaram mais conhecidos e se tornaram referências para as definições técnicas e táticas dos times e seleções nacionais”, aponta análise recente sobre o tema. Outro fator relevante é a resistência à inovação tecnológica e ao uso de dados. Enquanto treinadores europeus incorporaram a análise de desempenho e o uso de métricas avançadas em suas metodologias, muitos técnicos brasileiros ainda priorizam a intuição e a experiência em detrimento de abordagens mais científicas. O reflexo na Seleção Brasileira O momento crítico dos treinadores brasileiros reflete-se diretamente no desempenho da Seleção. A Canarinho, que sempre teve técnicos nacionais em sua história de conquistas, atravessa um jejum de mais de 20 anos sem levantar o troféu mundial e apresenta dificuldades nas Eliminatórias para a Copa de 2026. Um aspecto curioso dessa crise é que jogadores que brilham em seus clubes europeus não conseguem reproduzir o mesmo desempenho com a amarelinha. Vinicius Júnior e Rodrygo, protagonistas no Real Madrid, enfrentam dificuldades para traduzir sua qualidade individual em contribuições decisivas para a Seleção. “Mas jogadores que vêm conquistando título após título por seus clubes, sendo decisivos, como Rodrygo e Vini Júnior, não têm rendido da mesma forma na Seleção – o que coloca, mais uma vez, o problema técnico como uma possível razão”, ressalta o texto de apoio. Esta disparidade entre o desempenho nos clubes e na Seleção sugere problemas estruturais na abordagem tática e na capacidade de criar um ambiente propício para que esses talentos floresçam. Enquanto técnicos estrangeiros conseguem extrair o melhor de jogadores brasileiros em seus clubes, os comandantes nacionais enfrentam barreiras para repetir esse sucesso no âmbito da Seleção. O caminho para a renovação Para reverter este cenário, o futebol brasileiro precisa investir em uma renovação estrutural na formação de seus treinadores. A criação de centros de excelência para o desenvolvimento de técnicos, com intercâmbio internacional e forte base teórica, pode ser um primeiro passo importante. A abertura para novas ideias e metodologias também é essencial. A resistência à inovação, travestida de preservação da “essência do futebol brasileiro”, tem se mostrado contraproducente. O jogo evoluiu, e os treinadores precisam evoluir
Jorge Jesus e o estilo “Cruyffiano”: Uma revolução para seleção?

A Seleção Brasileira vive um momento de transformação e busca por identidade. Com a saída de Dorival Júnior, o nome de Jorge Jesus surge como favorito para assumir o comando técnico da equipe pentacampeã mundial. O português traz consigo não apenas resultados expressivos, mas uma filosofia de jogo baseada nos ensinamentos de Johan Cruyff que poderia representar uma verdadeira revolução tática para o futebol brasileiro. O outsider do futebol português Diferente da nova geração de técnicos portugueses formados em universidades e fluentes em inglês, Jorge Jesus construiu sua carreira por caminhos menos convencionais. Nascido em 1954 na Amadora, região metropolitana de Lisboa, o treinador teve uma trajetória modesta como jogador e iniciou sua carreira técnica aos 35 anos quase por acidente, quando um dirigente do Amora o convidou para assumir o time após observar sua intensa comunicação com os companheiros durante uma partida. “Jesus é um treinador muito intenso com os jogadores, com muita intuição estratégica e tática”, explica António Veloso, especialista em alta performance da Universidade de Lisboa. Esta intensidade, que por vezes pode levar à saturação em clubes, poderia funcionar perfeitamente no ambiente de uma seleção, onde o contato com os atletas é intermitente. O momento decisivo na formação tática de Jesus aconteceu durante um estágio de um mês no Barcelona, onde conviveu com Johan Cruyff. A influência do mestre holandês é frequentemente citada pelo treinador: “Cruyff me ensinou que é melhor ganhar de 5 a 4 que de 1 a 0”. Esta frase sintetiza uma filosofia que privilegia o controle da bola, a defesa adiantada e a pressão ofensiva – princípios que remontam ao Futebol Total da Holanda dos anos 70. A alquimia tática que transformou clubes A filosofia de Jesus se fundamenta em cinco pilares: criatividade, operacionalização de ideias, liderança, organização e paixão. Esta combinação resultou em conquistas expressivas em diferentes continentes, demonstrando a adaptabilidade de seu modelo de jogo a distintas culturas futebolísticas. No Benfica, Jesus tornou-se o técnico mais vitorioso da história do clube, conquistando dez títulos em seis anos. Além dos três campeonatos nacionais, levou o time português a duas finais da Liga Europa, quase quebrando a famosa “maldição” de Béla Guttman. O húngaro havia profetizado que o Benfica jamais seria campeão continental após ser negado um aumento de salário na década de 1960. Porém, foi no Brasil que Jesus alcançou seu maior feito continental. Em apenas seis meses à frente do Flamengo, conquistou a Libertadores de 2019, quebrando um jejum de 38 anos. O rubro-negro carioca exibiu um futebol ofensivo e envolvente, marcando 22 gols em 12 jogos na competição. A dobradinha com o Campeonato Brasileiro no mesmo ano cimentou sua reputação no futebol sul-americano e mostrou que seu estilo pode funcionar além das fronteiras europeias. Atualmente no Al Hilal da Arábia Saudita, o português bateu o recorde mundial de 34 vitórias consecutivas em jogos oficiais, façanha reconhecida pelo Guinness Book. Esta capacidade de extrair o máximo de diferentes grupos demonstra versatilidade e habilidade para gerenciar elencos diversos – qualidades essenciais para um selecionador. O desafio Neymar e a gestão de estrelas Um dos pontos mais delicados para a possível chegada de Jesus à Seleção Brasileira envolve seu relacionamento com Neymar. No início deste ano, o treinador decidiu não inscrever o brasileiro no Campeonato Saudita pelo Al Hilal, alegando que o jogador não conseguia atuar com a intensidade necessária após retornar de lesão. Este episódio culminou com a saída de Neymar e seu retorno ao Santos. Apesar da controvérsia, Jesus sempre elogiou publicamente o talento de Neymar, e a dinâmica entre ambos na Seleção seria completamente diferente da vivida no clube saudita. O contexto de uma competição internacional, com a camisa amarela, poderia favorecer uma relação mais harmoniosa e produtiva. O desafio, no entanto, vai além de Neymar. O Brasil conta com uma geração talentosa de jogadores espalhados pelos principais clubes europeus – Vinícius Júnior, Rodrygo, Raphinha e Alisson, entre outros. Tite não conseguiu fazer essa constelação de estrelas render o esperado na Copa de 2022. Conseguiria Jesus transformar talentos individuais em um coletivo funcional e vitorioso? A experiência do português com o Flamengo oferece pistas positivas. Ele conseguiu potencializar jogadores como Gabigol, Bruno Henrique e Everton Ribeiro, criando um sistema que valorizava suas características individuais dentro de uma estrutura coletiva sólida. O encontro entre o DNA brasileiro e o toque “cruyffiano” A possível chegada de Jorge Jesus representa uma interessante fusão entre a tradicional criatividade brasileira e a organização tática europeia, filtrada pela lente ofensiva inspirada em Cruyff. O Brasil vem oscilando entre períodos de pragmatismo excessivo e momentos de desorganização tática nas últimas competições. O “gol do olé” sofrido contra a Argentina no Monumental de Nuñez – onde a bola passou pelos pés dos onze jogadores argentinos em 34 toques consecutivos – dificilmente aconteceria com Jesus no comando. Sua presença enérgica à beira do campo e sua obsessão por um time compacto e intenso poderiam trazer de volta a personalidade que falta à Seleção. O estilo ofensivo de Jesus também dialoga com as raízes do futebol brasileiro. Em uma era em que muitos técnicos priorizam a segurança defensiva, o português poderia resgatar o DNA ofensivo da amarelinha, proporcionando aos torcedores um futebol mais atraente e envolvente. Em sua palestra na Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, Jesus destacou a importância da paixão como um dos pilares de seu trabalho. Esta conexão emocional com o jogo poderia reacender a chama entre a torcida brasileira e sua seleção, criando um ambiente mais favorável para as eliminatórias e a próxima Copa do Mundo. A possível contratação de Jorge Jesus pela CBF não representa apenas a escolha de um técnico, mas a adoção de uma filosofia de jogo. Um casamento entre a escola portuguesa contemporânea e os princípios eternos de Johan Cruyff, adaptados à realidade e ao talento brasileiros. Quando será que veremos novamente uma Seleção Brasileira que encante o mundo com seu futebol? Jorge Jesus e seu estilo “cruyffiano” podem ser a resposta para essa pergunta que atormenta milhões de