Internacional Quebra Jejum de 8 Anos: A Curiosa História da Dívida com o Pai de Santo

Você já imaginou que uma dívida espiritual poderia estar relacionada a uma seca de títulos? No caso do Internacional, essa situação inusitada parece ter sido exatamente o que aconteceu. Vamos mergulhar nessa fascinante história que mistura futebol, superstição e promessas não cumpridas. O que é o Campeonato Gaúcho? Antes de entrarmos na história, é importante entender o contexto. O Campeonato Gaúcho, carinhosamente chamado de “Gauchão”, é o torneio estadual do Rio Grande do Sul, um dos mais tradicionais e competitivos do Brasil. Disputado desde 1919, a competição é dominada pela dupla Gre-Nal (Grêmio e Internacional), que juntos somam mais de 80% dos títulos da história do campeonato. No Rio Grande do Sul, o estadual tem uma importância cultural muito grande, diferente de outros estados onde os campeonatos locais perderam relevância. Para os gaúchos, conquistar o título estadual é questão de honra e rivalidade regional. A Conquista do Gauchão e o Fim da Espera O Internacional finalmente voltou a erguer a taça do Campeonato Gaúcho após um jejum de oito longos anos. A equipe colorada sagrou-se campeã após empatar em 1 a 1 com o Grêmio na grande decisão, aproveitando a vantagem construída no primeiro jogo, quando venceu por 2 a 0. O que poucos sabiam é que, nos bastidores, um capítulo importante estava sendo escrito antes mesmo da bola rolar para a final. O técnico Roger Machado tomou uma atitude que muitos consideram decisiva para quebrar o encanto negativo que pairava sobre o clube. Quem é o Pai de Santo e Qual seu Papel na Cultura Brasileira? Para entender melhor esta história, é fundamental conhecer o que é um pai de santo. Na religião de matriz africana, especialmente no Candomblé e na Umbanda (muito presentes no Brasil), o pai de santo é um sacerdote e líder espiritual que conduz cerimônias, orienta fiéis e realiza trabalhos espirituais. No Brasil, é comum que pessoas e até mesmo instituições (como clubes de futebol) busquem orientação espiritual com pais e mães de santo, especialmente em momentos decisivos ou de dificuldade. Essa prática reflete o sincretismo religioso brasileiro e a influência das religiões de matriz africana na nossa cultura. A Dívida Espiritual que Perseguia o Colorado A história remonta a 2006, quando o Internacional vivia um de seus momentos mais gloriosos. Para ajudar na campanha da Libertadores da América e do Mundial de Clubes, o clube contratou os serviços do pai de santo Danilo. Os trabalhos espirituais parecem ter surtido efeito, já que o Colorado conquistou ambos os títulos naquele ano. No entanto, após as celebrações, um detalhe importante foi esquecido: o pagamento pelos serviços prestados. O Retorno do Pai de Santo e Mais Promessas Em 2010, o Internacional voltou a procurar o pai Danilo, desta vez com uma nova proposta: O Colorado de fato conquistou seu segundo título continental, tornando-se bicampeão da Libertadores. Porém, mais uma vez, as promessas financeiras não foram cumpridas, deixando o pai de santo sem receber o combinado. A Maldição e Seu Impacto no Futebol Gaúcho Com o passar dos anos, criou-se no Rio Grande do Sul uma crença popular: enquanto essa dívida não fosse quitada, o Internacional não voltaria a conquistar títulos importantes, nem mesmo o Campeonato Gaúcho. E os fatos pareciam confirmar essa teoria. Enquanto o Inter amargava uma seca de troféus, seu maior rival, o Grêmio, emendava sete títulos estaduais consecutivos e ameaçava igualar uma marca histórica do próprio Internacional, buscando o oitavo troféu seguido. A Solução do Mistério: Roger Machado Entra em Cena Atento a essa situação peculiar, o técnico Roger Machado tomou uma iniciativa incomum para um treinador de futebol: solicitou à diretoria colorada que quitasse a antiga pendência com o pai Danilo. O pedido foi atendido e, poucas horas depois, o Internacional voltava a ser campeão gaúcho, quebrando a sequência de títulos do Grêmio e encerrando seu próprio jejum. A Profecia que Se Cumpriu O desfecho dessa história ganha contornos ainda mais surpreendentes quando lembramos que, em 2021, o próprio pai Danilo havia feito uma declaração profética em entrevista: o Internacional só voltaria a conquistar títulos quando contratasse justamente o técnico Roger Machado. E assim aconteceu! Roger não apenas chegou ao clube, como foi peça fundamental para resolver uma pendência espiritual de quase duas décadas. O Futebol Além das Quatro Linhas Esta curiosa história nos mostra como o futebol brasileiro vai muito além das questões técnicas e táticas. As crenças, superstições e aspectos culturais fazem parte do DNA do nosso esporte nacional. No Brasil, a relação entre esporte e religiosidade é muito forte. Jogadores fazem o sinal da cruz ao entrar em campo, equipes têm santos padroeiros, e muitos clubes mantêm tradições espirituais que raramente são divulgadas ao público. A Importância da Fé no Futebol Brasileiro Essa história do Internacional ilustra perfeitamente como a fé e a espiritualidade permeiam o futebol brasileiro. Diferente de outros países, onde o esporte é tratado de forma mais pragmática, no Brasil, elementos místicos e espirituais são considerados tão importantes quanto o preparo físico e tático. Muitos torcedores, jogadores e dirigentes mantêm suas tradições e rituais antes das partidas importantes. No caso do Internacional, parece que acertar as contas com o passado foi tão importante quanto o desempenho em campo. Você conhece outras histórias curiosas envolvendo superstições no futebol? Compartilhe nos comentários e continue acompanhando nosso blog para mais conteúdos sobre as curiosidades do mundo da bola!

O Paysandu na Libertadores: A Inesquecível Campanha de 2003

O Paysandu Sport Club, carinhosamente chamado de “Bicho Papão”, já havia conquistado o coração dos paraenses com suas glórias estaduais e nacionais. Mas foi em 2003 que o clube escreveu seu nome na história do futebol continental ao fazer uma campanha memorável na Copa Libertadores da América. Neste artigo, vamos relembrar os detalhes dessa jornada incrível, que colocou o Paysandu no mapa do futebol sul-americano. A Conquista da Vaga: O Título da Copa dos Campeões Para entender a importância da participação do Paysandu na Libertadores de 2003, é preciso voltar um pouco no tempo. Em 2002, o clube conquistou a Copa dos Campeões, um torneio nacional que garantia uma vaga na Libertadores do ano seguinte. Foi assim que o Paysandu, representando o Norte do Brasil, garantiu sua primeira participação na maior competição de clubes da América do Sul. A Fase de Grupos: Uma Campanha Invicta Na Libertadores de 2003, o Paysandu caiu no Grupo 2, ao lado de Universidad Católica (Chile), Sporting Cristal (Peru) e Cerro Porteño (Paraguai). Para muitos, o clube paraense era considerado o “café com leite” do grupo, mas o Bicho Papão provou que estava longe de ser uma presa fácil. Com uma campanha sólida e consistente, o Paysandu terminou a fase de grupos de forma invicta: Essa performance impressionante garantiu ao Paysandu a liderança do grupo e uma vaga nas oitavas de final. O clube paraense mostrou que não estava na Libertadores apenas para fazer número. Oitavas de Final: O Duelo Épico Contra o Boca Juniors Nas oitavas de final, o Paysandu enfrentou um dos maiores gigantes do futebol sul-americano: o Boca Juniors, da Argentina. Na época, o Boca era um verdadeiro colosso, com quatro títulos da Libertadores e dois Mundiais de Clubes no currículo. Além disso, o time argentino era conhecido por sua fortaleza em La Bombonera, estádio onde raros times conseguiam vencer. O Primeiro Jogo: A Vitória Histórica em La Bombonera No primeiro jogo, disputado em 7 de maio de 2003, o Paysandu fez história. Diante de mais de 40 mil torcedores em La Bombonera, o clube paraense mostrou coragem e determinação. Aos 22 minutos do segundo tempo, o meia Harley cortou dois defensores argentinos e chutou forte para abrir o placar: 1 a 0 para o Paysandu. Apesar de ter dois jogadores expulsos ainda no segundo tempo, o Paysandu segurou o resultado e conquistou uma vitória épica. O feito foi tão grandioso que o Paysandu se tornou apenas o terceiro time brasileiro a vencer o Boca Juniors em La Bombonera, ao lado de Santos (1963) e Cruzeiro (1994). O Jogo da Volta: A Eliminação com Honra No jogo da volta, disputado no Mangueirão, em Belém, o Paysandu não conseguiu repetir o feito do primeiro jogo. O Boca Juniors venceu por 2 a 0 e garantiu sua classificação para as quartas de final. Apesar da eliminação, a campanha do Paysandu na Libertadores foi celebrada como uma grande conquista. O Legado da Campanha A participação do Paysandu na Libertadores de 2003 foi um marco na história do clube e do futebol paraense. Pela primeira vez, um time do Norte do Brasil chegou às oitavas de final da competição, enfrentando de igual para igual um dos maiores times do continente. Além disso, a vitória em La Bombonera entrou para a história como um dos maiores feitos do futebol brasileiro em competições internacionais. Até hoje, torcedores e jornalistas relembram com orgulho a coragem e a determinação daquele time. Pra sempre na História A campanha do Paysandu na Libertadores de 2003 é um exemplo de como o futebol pode surpreender e emocionar. Com um elenco talentoso e uma torcida apaixonada, o Bicho Papão mostrou que, independentemente do tamanho do clube, o sonho de conquistar o continente é sempre possível. E você, lembra dessa campanha histórica? Deixe seu comentário contando o que mais marcou você nessa jornada do Paysandu! Não se esqueça de curtir e compartilhar este artigo para que mais pessoas conheçam essa incrível história. Até a próxima!

© 2025 Futebol Latino. Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos deste site sem autorização prévia, expressa e por escrito.  Da mesma forma, é proibida a reprodução total ou parcial de conteúdos em resumos, resenhas ou revistas com fins comerciais.

Política de Privacidade